[Normal - D] Assistente da Academia - Zhiend - Zhiend

Eu nunca esperei ser convidado para um banquete. Dizem que há bastante comida e de diversas localidades diferentes. Falam que a bebida é a melhor e que um copo é capaz de saciar um homem. Minha boca nunca tinha provado nada se não água. E o doce gosto de um cigarro. Eu trocaria mil banquetes por apenas um único cigarro. Mas disseram-me que eu não poderia fumar na frente das crianças.

Merda! Eles me enganaram perfeitamente. Eu deveria ter desconfiado. Mas eu sou muito lerdo para perceber as coisas.

— Shizo-san, venha logo.  

Eu não queria ir. Na verdade, eu não queria estar aqui. Parei de contar os longos suspiros que estava dando ao chegar no centésimo. Nada, repito de novo, nada iria fazer com que àquilo se tornasse algo menos que uma tortura.

Cinco par de olhos me encaravam, ansiosos e assustados. Pequenos humanos, como eu os chamava. Era claro que cada um deles possuía um nome, mas eu não me importei o suficiente para guarda-los em minha memória. Para mim eram: número um a número cinco.

Número um era o que tinha acabado de gritar. Ele esperava por alguma demonstração minha sobre o objetivo de estarmos ali. Qual era o objetivo mesmo? Caralho. Eu tinha ficado desnorteado após saber que haviam me mandado para uma missão, ao invés do que disseram ser o 'melhor banquete da vila Midori'.

— Shizo-san, nos mostre logo como subir as paredes com nossos pés.
— É, velhote. Anda logo!

Eu não gostava do jeito que número 2 falava comigo. Foda-se. Pelo menos eu sabia o que tinha de fazer agora. Eles devem estar querendo aprender a utilizar o Kinobori. Tinha sido uma tarefa difícil para mim, e eu era mais velho que eles na época. E esperavam que fosse eu a ensina-los?!!!

Minha destra se moveu inconscientemente até o bolso direito de minha calça, esperando encontrar o maço que sempre guardava ali. Mas que dessa vez, entretanto, encontrava-se com o superior que tinha me trazido até aqui. Pelo jeito, a maneira mais fácil de sair desse buraco é ajudando os Números.

— Bem...hum...o jutsu Kinobori. — falei, com toda minha animosidade.

Os pequenos se atentaram e encararam minha figura. Eu estava à frente deles, estávamos no terceiro campo de treinamento. Eles estavam enfileirados um ao lado do outro, sentados no gramado capinado.

— É...um jutsu...simples — expliquei, com meu modo lento de falar — não tem segredo algum.

Era hora de demonstrar para eles. Quanto mais rápido terminasse, mais rápido eu voltava para minha cama. Fechei os olhos vagarosamente, juntei as mãos com os indicadores e polegares saltados. Concentrei um pouco de chakra pelo sistema dentro de meu corpo, o levei para as solas de meus pés.

— Olhem e...aprendam. — Observei o rosto deles, todos me encaravam.

Eu andei devagar até uma árvore que estava a dois metros do meu lado esquerdo. Sem interrupções, subi o alto tronco dela sem usar minhas mãos, apenas com meus pés caminhei pela mesma. Me locomovi até um galho e fiquei de ponta cabeça, sendo capaz de ver as reações de espanto dos pequenos humanos.

— Incrível! Eu quero tentar. — E assim todos disseram o mesmo.

Desci do galho com um salto e com minha canhota aparei minha queda, com esforço me jogando para cima num mortal, ao qual caí em pé. Desse momento em diante, todos os Números vieram até minha pessoa perguntar-me como podiam fazer o que tinha acabado de lhes mostrar.

Ensinei individualmente como deveriam utilizar o chakra, concentrar uma pequena porção dele na sola dos pés e manterem-se estáveis enquanto andam pela superfície vertical. O processo todo demorou algumas horas. Mas no final do dia, todos os cinco Números haviam pelo menos chegado até a metade da árvore. Só restava que eles praticassem sozinhos, agora eu poderia terminar minha missão, e então retornar para minha humilde casa.


Kinobori Shūgyō
Jutsu de Escalada em Árvore
Rank: E
Descrição: Prática de Escalada em Árvore é um método de treinamento utilizado para obter mais habilidades com o controle de chakra. Este treinamento envolve focalizar uma quantia fixa de chakra para o fundo do seus pés, e usar isso para subir em uma árvore sem utilizar as mãos. Se o fluxo de chakra é muito fraco, o usuário perderá sua posição na árvore e cairá. Se ele for muito forte, o usuário será empurrado para longe da árvore, fazendo com que a árvore quebre em torno do ponto de contato e o usuário cairá.

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